quarta-feira, 15 de agosto de 2007

DE QUAL JESUS EU PRECISO?


(PARTE I)

“Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas. Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou?
Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus”.(
Mt 16:13-17).

QUEM É JESUS CRISTO?

Se fizermos esta pergunta, abordando as diversas religiões existentes no planeta, encontraremos respostas variadas, e nem sempre fiéis as Escrituras Sagradas. Ao centralizarmos a mesma pergunta para os cristãos teremos, resumidamente, uma única resposta:“Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo”,Aquele que veio ao mundo para remissão dos nossos pecados.


Esta resposta seria o ápice do conhecimento, pois em cada livro da Bíblia Sagrada Jesus é apresentado de forma progressiva, conforme a necessidade do seu povo. Por exemplo: percebemos que em gênesis foi revelado o Cristo preexistente, a Palavra viva, envolvido na criação. Em êxodo, indica na comemoração da Páscoa, que Jesus é o Cordeiro de Deus, oferecido pela nossa remissão. Em Números Jesus Cristo é retratado como aquele que prover. Rute antecipa a obra redentora do Salvador. Enfim, Jesus Cristo é retratado, por diversas vezes no AT, como: A PROMESSA. E é a partir desta promessa que tudo começa a complicar.

No Éden, quando Eva e Adão desobedecem, a fim de ter o mesmo grau de conhecimento que o Criador, comendo da fruta que aos seus olhos era boa e agradável, transfere para o homem sentimento egocêntrico, preocupado apenas com seu prazer. Este, no aguardo da promessa, começa a idealizar um mundo perfeito aos seus sonhos e anseios, pois sabe que promessa é coisa esperada, aguardada, mesmo não tendo a idéia de onde, nem como, muito menos quando. Porém existe a certeza de que irá se realizar.

Neste contexto se questionarmos, individualmente, aos cristãos reformulando a pergunta para o campo pessoal: Quem é Jesus Cristo para você? Encontraremos um universo de respostas, pois cada um de nós tende a esculpir o seu próprio deus.


No texto lido encontramos Jesus pelas bandas de Cesáreia de Filipe. Ele pergunta aos discípulos qual a visão do povo ao seu respeito, muitas foram as respostas, principalmente quando comparado aos profetas, pois alguns devem ter encontrado semelhança entre o ensino de Cristo e os destes grandes homens. Mostra, também, o texto que estas respostas emitem a opinião da gente comum que estava a espera do messias da promessa, Aquele, cujo Deus logo enviaria para redimir seu povo.

Aquilo que os homens pensam determina o que são e o que fazem.

Jesus, transfere a pergunta do campo geral para o campo pessoal: porém vós, quem dizeis que eu sou?


Faça a si mesmo esta pergunta, pois é neste ponto que iremos centralizar o nosso estudo.

Os portadores das Boas-Novas (Mateus, Marcos, Lucas e João) fazem quatro abordagens diferentes, tal qual Pedro na passagem bíblica, eles têm a revelação do Espírito Santo, são aspectos distintos, porém com o mesmo fundo de verdade, sendo levado a variados públicos. Pois cada público necessita de um Jesus restaurador. Quem é este povo para o qual Jesus foi revelado? Será que estas revelações só serviram para curar o público daquela época?

Embora tenham sido escritos para um contexto de mais ou menos 2.000 anos ainda assim é atual, pois todos nós precisamos identificar qual é o Jesus, que cura nossas feridas, e trata dos nossos complexos interiores.

Aprendendo a fazer esta identificação, poderemos responder a esta outra pergunta: DE QUAL JESUS EU PRECISO?

Para cada ferida há um tipo de curativo, para cada dor uma nova terapia. Para cada público um ângulo diferente. Quatro evangelhos, quatro abordagens, quatro remédios, quatro imagens distintas do Salvador.

(Continua)

Joseane JPires

DEUS ESQUECEU DE MIM?

O coração do homem pode fazer planos,
mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor.
Pv 16:1
- Deus não ouve as minhas orações!
- Tudo que quero fazer dá errado!
- Parece que Deus esqueceu de mim!

Estas são frases corriqueiras, que muitas vezes falamos, pensamos ou ouvimos falar. Está incutido no inconsciente coletivo: ter o domínio próprio, sermos os senhores do nosso pensar e agir. Porém, a Bíblia nos ensina que: "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito "(Rm 8:28).
E quais são os propósitos do Senhor: Que tenhamos a vida eterna.
Esta vida não é apenas um estado além morte, é aqui, agora, o hoje. Pensam ao contrário aqueles que acham que esta vida seja APENAS a prosperidade financeira, a saúde física, a tranqüilidade de uma família sem problemas.
Tudo isto pode fazer parte, e é até salutar querermos para nós, porém, o Reino vai além desta coisas terrenas, caso contrário, não haveria ninguém feliz em nosso planeta. Quem não passa por problemas de qualquer ordem? Estaria condenado a infelicidade aquele que nasceu de uma doença congênita? Ou estaria o desempregado fora das bênçãos celestiais?
Entende-se que Vida Eterna é a compreensão de que o Reino de Deus ESTÁ DENTRO DE NÓS. Desta forma teremos por conseqüência a tranqüilidade durante as tribulações, a conquista da paz em meio as tempestades, o confiar quando tudo parece dá errado.
O trabalhar de Deus é silencioso, não é visto as olhos humanos, a lapidação do nosso ser é lenta e progressiva, pois: “ Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fl 1:6).
“ Espera no Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor” (Sl 27:14).
Joseane JPires

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

::E não é que tinha serpente no Jardim!!!

Atrás da minha casa corre um rio, meio poluído, mas é um rio. Costumo dizer que ali é o jardim zoológico particular do meu marido, pois ele conhece todos os moradores: as tartarugas, as galinhas d’águas e seus filhotes,os calangos, enfim, todas as espécies que dali se alimentam. Nossa casa fica no 1º andar, portanto, temos uma vista panorâmica. O que divide a área construída da vegetação selvagem é um muro. Do lado, na parte externa, tem um ingazeiro, lindo e frondoso, cujos galhos estavam tão grandes que beiravam o parapeito da nossa varanda. Todos os dias, tanto eu quanto meu marido, comentávamos: precisamos podar estes galhos, senão qualquer dia destes algum animal pode atravessar. Mas nada fazíamos a respeito. E os galhos cada vez mais cresciam e encostavam-se a nossa varanda. Até que um dia aconteceu: Uma cobra estava passeando em nosso parapeito! Sorte que Maury (meu esposo) percebeu em tempo para não entrar na varanda, assustando-a para que voltasse ao seu habitat natural. Mal passou o susto, eis que outra cobra aparece e segue o mesmo percurso. Então não teve mais jeito criamos ‘vergonha’ e fomos podar os galhos da árvore. Assim, também, acontece em nossa vida espiritual. Sabemos que existem determinadas atitudes que se não forem podadas em tempo causarão grandes transtornos. Identificamos o problema, sabemos como resolvê-lo, porém dá aquela ‘preguiçinha’, porque a mudança demanda vontade e renúncia. Geralmente são coisas simples, tão pequenas que não percebemos a armadilha do diabo, por exemplo: • Que mal há em fazer um ‘pequeno’ comentário sobre a vida de alguém, quando todos já sabem e comentam a respeito? • Que mal há em deixar alguém ‘quebrar a cara’ quando poderíamos evitar? • Que mal há em contar uma piada picante numa roda de amigos, quando todos assim o fazem? As perguntas abaixo poderiam, também, ser as perguntas do Rei Davi enquanto passeava pelo terraço de sua casa, observando Beta-seba tomar banho. (1Sm cap.11 e 12) • Que mal há em admirar uma linda mulher? • Que mal há em sabe quem é? • Que mal há em querer ‘apenas’ conhecê-la? O final desta história? Assassinato. QUE MAL HÁ? Esta é a pergunta quando queremos driblar a consciência. Ora tudo é permitido, mas, nem tudo nos convém. O limite? Está dentro de nós, onde o Espírito Santo faz morada. Contudo, precisamos estar cientes das advertências do Apóstolo Paulo: “ Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado a direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; ... Fazei pois morrer a vossa natureza terrena; prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas; Mas agora despojai-vos também de tudo isto: ira, cólera, malícia, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, e vos revestistes do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” (Cl 3:1-2, 5:10) Todavia, uma outra questão surge em nós: onde encontraremos forças para lutar contra nossa natureza? Na Palavra poderíamos citar várias passagens, mais deixo apenas dois princípios: • Ouvindo a Jesus: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.” (Jo 15:7) • E na afirmação de Paulo: “... Deus é fiel e não permite que sejamos tentados além das nossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, nos proverá livramento, de sorte que a possamos suportar.” (1Co 10:13) E... com o passado o que faremos? Proceder conforme o rei Davi, que ao arrepender-se do que fez quebrantou-se perante o Senhor, aprendendo que não são atitudes exteriores que agrada ao Criador da Vida mais um coração compungido e contrito. (Sl 51) Pois, “Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1ªJo 1:9) Caso contrário cairemos na estratégia de Satanás: “Ora, havendo o espírito imundo saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso; e não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro.” (Lc 11:24-26) Moral da história: Não adianta apenas assustar a cobra, pois outras cobras virão. Faz-se necessário cortar o mal pela raiz. Minha Oração Senhor, Ajuda-me a reconhecer o mal em mim. de forma que possa, através do sangue de Cristo, ser purificada de todo erro. Em nome de Jesus. Amém!